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terça-feira, 7 de julho de 2009

PEDRO ROLO DUARTE - Um Gentleman da comunicação .




Ora cá está uma entrevista particularmente interessante. Convidei o Pedro para esta breve troca de “impressões” e, o resultado está nas linhas abaixo.

Senti necessidade de abordar certos temas e, apesar de no desenrolar da mesma, aparentemente estarmos em desacordo em alguns temas, penso que ao lerem as linhas que se seguem vão entender ambas as visões. Mais uma vez o Pedro esclarece com clareza qualquer dúvida que tente emergir. Por fim, um elogio à pronta resposta da parte do Pedro. Não nos conhecemos pessoalmente, o meu trabalho não é digamos mainstream mas, da experiência que tenho – e já não é pouca – foi um caso raro cá no nosso burgo, ao contrário dos outros parceiros não Portugueses que já passaram no nosso blog. Fica o registo. O meu muito obrigado.

Em ambos os players podem encontrar algumas novidades, algumas delas, com ligação a esta entrevista. Rapidamente irão descobrir.


P.s O formato desta entrevista é diferente do habitual. Aproveitando a “edição” do Pedro, ficam as minhas questões em letra comum e as respostas a bold/negrito.


1) Sobre ti:


Tu não és propriamente um jornalista ligado essencialmente à música, no entanto, no teu percurso estiveste ligado a várias publicações/programas em que a música era igualmente “parte interessada”. Qual o espaço que a música ocupa no teu dia-a-dia.


A música ocupa nos meus dias um espaço semelhante ao da luz – sem ela não vivo, e gosto do escuro só mesmo quando é para dormir…


Já agora – e para quem não segue as tuas pisadas actualmente – a que projectos estás hoje em dia ligado. De quantas estrelas é o Hotel Babilónia? Existem ainda muitas vagas?


Hoje em dia sou autor de uma crónica diária na Antena sobre blogues, editor da revista de sábado do novo jornal “i”, apresentador de um debate semanal na RTP-N (Fala com Elas), e co-autor e apresentador de um magazine de fim-de-semana na Antena 1 – este sim, com muita musica, escolhida por mim e pelo João Gobern. O “Hotel Babilónia” tem todas as semanas uma montanha de estrelas…


2) Sobre o jornalismo actual:


Não sei se é por sermos aproximadamente da mesma geração (existe aquele mito que reza que gostamos mais do que se “passava” no nosso tempo…) mas, tenho a sensação, para não dizer certeza que se perdeu muita da originalidade que abundava nesses tempos. Seja na vertente televisiva, radiofónica ou escrita, vivemos uma época em que se copiam muitos formatos.


Não concordo… Acho que nunca como hoje se criou em comunicação – basta ver projectos como o “i”, nascido em tempo de crise. O problema é que os horários nobres, os espaços de maior consumo, são formatos e isso acaba por minar a aparência. Ora, esses espaços são assim porque… o público quer consumir aquele tipo de produtos. Antigamente nós arriscávamos mais porque os estudos eram menos rigorosos. Hoje, sabe-se o que as pessoas querem – e os profissionais trabalham para as pessoas, não para as paredes…


Será que os responsáveis da maior parte dos veículos de comunicação (nomeadamente a TV) ainda não se apercebeu dos sinais das outras “indústrias”, nomeadamente na musical, com o aparecimento de novas plataformas de comunicação, partilha,etc?


Uma coisa são novas plataformas, novas formas de consumir – outra são os produtos. Nós hoje consumimos de forma diferente, mas consumimos o mesmo música, filmes, livros, jornais…


Não falta muito tempo e podemos escolher o que queremos ver, sem termos que estar dependentes das televisões tradicionais. Será que estes sinais não são tidos em conta? Quando a publicidade passar de uns meios para os outros será tarde…..


Não acredito, porque a História tem provado que as mesmas empresas que se deixam ultrapassar nesses momentos, depois compram as empresas das novas tecnologias. Ou seja: tudo se concentra quase sempre nos mesmos. Já reparaste que em Portugal não há um único player de internet que não venha dos meios clássicos: sejam jornais, seja o SAPO, o aeiou, o Clix, tudo é dominado pelos mesmos que antes dominavam imprensa, rádio, TV, telefones fixos, etc…


é parecido com os downloads ilegais. Os preços ficaram, ficaram, o artigo não inovou e, deu no que deu.


É diferente, porque os downloads ilegais não resultam dos preços. Se o preço fosse baixo, havia na mesma – o consumidor, se puder ter de borla, não paga, é lei da vida! Um jornal custa um euro, é barato, e mesmo assim quem pode lê na banca ou no café sem pagar…


Tenho a sensação, que na década de 80/90 havia mais trabalhos de autor. Lembro-me assim sem ordem especial de publicações como o Se7e, o Blitz, Xfm e a maior liberdade de opinião que existia. Quando falo de liberdade falo em opinião não condicionada a terceiros ou parceiros, penso que dá para entender.


Tb não concordo… Acho que nunca, como hoje, houve forma de manifestar opinião livremente. Há blogues, há sites, é canais de cabo, há mil rádios. Não há realmente projectos de envergadura na imprensa cultural, pura e simplesmente porque as pessoas se estão nas tintas e querem consumir tudo de borla… No tempo da net o Sete nem teria nascido… O Blitz só resiste porque está no grupo da SIC… E a Antena 3, por exemplo, não tendo o lado de culto da Xfm, é tb uma rádio mt livre.-

Por mim falo: nunca senti a minha opinião condicionada. Nem nos tempos do Sete nem no DNA nem agora no “i”.



3) Sobre os teus gostos musicais:



Quais são os teus ídolos, Nacionais e Internacionais?


Não tenho ídolos. Tenho gostos. Sou um bocado conservador, por um lado, mas muito ecléctico por outro. Deixo dez nomes: David Sylvian, Seal, Sting, Elis Regina, Caetano Veloso, Rodrigo Leão, José Afonso, Sara Tavares, Beatles, Nouvelle Vague…

Como se vê, há de tudo como na farmácia.


Que ouves por estes dias?


Estou a ouvir o novo Nouvelle Vague, o disco do Pat Metheny com a cantora Anna Maria Jopek, e rendido ao novo do Rodrigo Leão.


Vais a festivais de Verão? Se sim, quais os grupos que queres ver este ano?


Não vou a festivais de Verão. Festivais, agora, só em minha casa ou na TV!!



4) Ligações pouco perigosas:


Para as seguintes personalidades/entidades/evento escolhe uma música com as quais as identifiques:


a) O ex-ministro Manuel Pinho qualquer pimbalhice tipo Quim Barreiros.


b) Barak Obama Uma balada do Seal.


c) TVI Um corridinho.


d) Crise do crédito hipotecário FMI, do José Mário Branco.


e) Vírus A (H1N1), vulgo gripe suína Toma Comprimido que isso Passa, Variações.


f) Música Nacional Um hino nacional.


g) Pedro Rolo Duarte O Amor, dos Heróis do Mar.



Alguns links sobre o Pedro :

http://pedroroloduarte.blogs.sapo.pt/


http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=3476&e_id=&c_id=1&dif=radio


http://video.google.com/videoplay?docid=7825031924651134746



FIM

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