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domingo, 5 de setembro de 2010

Kasabian - West Ryder Pauper Lunatic Asylum - Os "Wired Strings" a bordo - PARTE II





Um dos elementos mais importantes deste denominado “Asilo” foram os Wired Strings que, conjuntamente com Serge, Jim Abbiss acrescentaram um elemento adicional a este disco. Rosie Danvers, mentora e criadora deste projecto vai-nos explicar nas linhas abaixo como e qual foi a sua contribuição para este excelente trabalho. Ao ler a entrevista na íntegra, vão descobrir a resposta à questão levantada na parte I deste trabalho.

Espero que gostem:


P.s. As fotos acima apresentadas foram retiradas do website do projecto "Wired Strings" cujo link é reproduzido abaixo e todos os créditos são os nele constantes para efeitos de copyright.

Link: http://www.wiredstrings.com/

King_leer:


Rosie, penso que foi a primeira vez que os Wired Strings trabalharam com os Kasabian. Foi a banda que vos contactou ou foi através do produtor?

Rosie Danvers:

Fui contactada pelo Jim Abiss, o produtor. Tínhamos já trabalhado juntos no álbum de estreia da Adele, ‘19’.


King_leer:


Esta questão e a próxima funcionarão um pouco como um tutorial para os leitores.

Em que reside basicamente a arte dos arranjos instrumentais de cordas? Neste caso concreto, o Serge escreveu as quatro partes que envolviam cordas e tu executes-te os arranjos, correcto? Como funciona este processo? Tens acesso à musica toda ou apenas à parte em que é solicitada a vossa intervenção?


Rosie Danvers:


Eu nunca direi que consigo explicar correctamente a arte dos arranjos de cordas. Como profissão, sinto-me um membro adicional da banda, sou como outro instrumento. Eu adoro sempre o desafio de adicionar um elemento emocional a uma canção que antes não o tinha presente.

Neste caso, foram-me enviadas previamente as faixas antes da sessão propriamente dita e procedi à escrita de ideias de arranjos para cada uma das faixas. O Serge sabia exactamente onde queria cordas em cada canção mas, muitas do trabalho de cordas presente no álbum nasceram em parte da improvisação do quarteto durante a sessão de gravação. O Serge e o Jim indicaram-nos o caminho e assim fomos escrevendo, tocando e improvisando até o Jim e o Serge terem ficado satisfeitos com o resultado obtido. É um processo muito orgânico, trabalhar desta forma e é realmente muito criativo para todos os que estão envolvidos.

Assim, o trabalho da secção de cordas propriamente dito não foi escrito por uma só pessoa mas sim, o resultado do contributo de todos.

Todos nós fomos escritores e especialistas em arranjos naquele dia.

King_leer:


Sobre a gravação – Estiveste em Londres com esse propósito – Todos os arranjos de cordas foram gravados separadamente dos restantes instrumentos, certo? Quando estão a gravar, os músicos estão a ouvir a música como guia ou não é usual?


Rosie Danvers:


A gravação da secção de cordas teve lugar nos Mayfair studios em Londres. As faixas já tinham sido gravadas e foram usadas como guia durante a sessão.


King_leer:


Das quarto faixas gravadas qual foi a que vos “puxou até ao limite” do ponto de vista dos arranjos e igualmente do ponto de vista do executante? O meu palpite vai para a música #2 “Where did all the love go?” com todos aqueles sons provenientes da secção de cordas a seguir aquelas variações de ritmo e intensidade presentes no tema.


Rosie Danvers:


Sim, ‘Where did all the Love Go’ foi o maior desafio, basicamente porque o Serge pediu-nos para reescrever a parte do solo de guitarra dele e depois replica-lo pelo tema for a, o que foi uma grande diversão para nós!


King_leer:


Penso que gravaste a tua parte em Fevereiro de 2008. Tendo em conta que o disco só foi lançado no Verão de 2009 causa-te alguma ansiedade o esperar o “nascimento do disco” para ouvires o resultado final da obra completa?


Rosie Danvers:


Não, ansiedade não entra neste processo! Foi uma sessão muito agradável e fiquei muito orgulhosa com tudo o que contribuímos naquele dia. As nossas ideias era fortes e o quarteto trabalhou bem. O Serge e o Jim são indivíduos com os quais se trabalha facilmente. Tudo pareceu uma experiência em que tudo resultou muito bem. Depois de uma sessão eu desligo e sigo logo para o próximo projecto e, o que vier, virá!


King_leer:


Sobre os Wired Strings :



Os Wired Strings foram criados em 1995. O que te levou a criar este excelente projecto?

Rosie Danvers:

Eu senti que existia a necessidade no Universo musical de criar uma secção de cordas que fizesse a ponte entre os músicos clássicos e os músicos pop e trabalhar directamente com artistas e produtores. Com o decorrer do tempo o projecto cresceu até ser uma orquestra sinfónica o que nos permite utilizar todos os instrumentos de orquestra num contexto pop e hip hop por exemplo.


King_leer:


Citando a vossa website: “ESTILO e individualidade desempenham um papel fundamental nos Wired Strings”. Assim sendo, é esta uma das razões principais para os Wired Strings actuarem com músicos que vão do Rock&Roll ao Hip-hop ( Tendo em conta que o lado da performance ao vivo ser muito importante nestas diferentes vertentes musicais)?


Rosie Danvers:

Eu penso que a imagem é uma parte muito importante numa actuação ao vivo. Quando vou a um concerto, os elementos visuais na actuação são essenciais no meu ponto de vista. Eu espero que o entusiasmo e paixão pelo que fazemos se sinta nas actuações dos Wired Strings.


King_leer:


Quais são os próximos projectos para os Wired Strings? Alguma nova experiência em vista no futuro próximo?


Rosie Danvers:


Eu nunca falo dos projectos futuros antes de eles acontecerem!



THE END.