Os Videos do King_leer, Outono 2016

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

JAKE FIOR, PRODUTOR, SOBRE A SUA ARTE E O ÁLBUM A SOLO DE PETE DOHERTY.

Viva,

Depois do ultimo “post” e alguns dias de folga, vamos então continuar com este capítulo. Com “For Lovers”, vimos uma forma diferente sobre criar/adaptar uma música. Foi aliás com este tema que o trabalho do Jake despertou a minha atenção e me levou a estabelecer contacto com ele. Após isso temos falado e, achei que era agora uma boa altura para o questionar sobre o trabalho dele (tipo tutorial) e o trabalho com o Pete Doherty, nomeadamente no álbum a solo, projecto que ele conduziu até à bem pouco tempo mas, acabou por ficar entregue a Stephen Street. Será lançado em princípio nos primeiros meses de 2009.


Vamos então “escutar” as palavras do Jake (recolhidas a 1 de Dezembro):







PARTE I




King_leer (KL):

Como se deu esta transformação no tema “For Lovers”? A autoria da letra é tua ou do Wolfman (a música, pelo menos os novos arranjos são teus, isso eu sei)?

Jake Fior (JF):

“For Lovers” foi escrita pelo Wolfman já à algum tempo. Pete Doherty reescreveu a letra “I paid the penalty, heard the jailer rattling the key. But the key was mine, I keep a spare one every time”.
Eu, reescrevi parte da instrumentação e da estrutura e o sentimento global da canção é da minha autoria. No entanto, houve colaboração de outros músicos que tocaram igualmente nesta música.

(KL):

Por palavras tuas, descreve-me o que é ser um produtor musical actualmente?

(JF):

Aparentemente existem 2 tipos diferentes de produtores de discos actualmente mas, talvez tenha sido sempre assim, sabes? A aproximação mais técnica é trabalhar desde uma tenra idade num estúdio como assistente e de assistente passar a Engenheiro assistente e daí para o papel de Engenheiro principal e por fim, eventualmente escolhes passar a produtor. O outro caminho é trabalhar com um Engenheiro experimentado desde o início, e concentrares-te no processo criativo e na estrutura.

Mas, de qualquer das maneiras, o mais importante é o resultado final.

Eu estou na segunda categoria mas passei muito tempo a tocar e escrever em bandas, por isso desenvolvi a habilidade para esta função, é portanto um processo bastante longo e que envolve outro tipo de disciplina. Ser um produtor requer que acredites na tua visão e teres a certeza de que a abordagem que fazes a uma música é a correcta.

É igualmente uma questão de confiança, por exemplo, eu pessoalmente gostei bastante de algum do trabalho do Mick Jones (ex-Clash) com os Libertines mas não entendi porque ele decidiu usar uma aproximação quase “ao vivo” na gravação quando ouvi os álbuns.

Não penso, agora, que uma produção muito “polida” tenha resultado melhor de todo. Inclusive, acho que algumas das decisões dele foram bravas e interessantes.

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