Habitualmente não faço críticas a discos, antes sim, procuro descobrir o que o artista nos quer dizer. Claro que avaliações todos fazemos pois a qualidade não é a mesma em todas as músicas/artistas que ouvimos. No entanto, resolvi dar a palavra ao Peter Morén e deixá-lo falar sobre o último álbum dos Peter Bjorn & John e mais do que isso, mostrar-nos o que originou aquele teledisco excelente e original. Acho que como diz o tema, não há nada a recear, “Nothing to Worry About”….
King_leer:
Veredictos, podemos ler em toda a imprensa especializada. Explica-me por palavras tuas o significado deste álbum, as vossas principais metas e objectivos traçados.
Peter Morén:
É importante para crescer e mudar, embora tenhamos um núcleo de clássico canções e melodias pop. No entanto tens que as enquadrar em novas e diferentes formas caso contrário seria aborrecido para todos.
Existem canções neste álbum que facilmente podiam fazer parte da nossa discografia anterior, mas então teríamos tocado-as de maneira diferente.
Antes de termos começado a gravar falámos muito sobre ritmos e discutíamos como trabalhar com eles de uma forma mais profunda neste disco. Ouvimos muita música dos anos 80, da synthpop aos êxitos mais mainstream como Fleetwood Mac e Paul Simon. Também ouvimos músicas mais antigas, nomeadamente Africana e Brasileira, como igualmente soul e funk e algum hip-hop na sua fase inicial.
Nós apenas não usamos tanto a bateria tradicional mas, criamos batidas a partir de fontes pouco usuais e depois misturamos tudo com uma grande quantidade de efeitos.
Penso que o resultado final é muito especial e único e que, embora tenhamos experimentado muitas coisas, para mim continua a soar a um grande disco pop com alguns momentos altos, muito acessíveis e excelentes para os estádios onde vamos tocar este Verão, acompanhando os Depeche Mode.
Temos sempre feito boas músicas, mas acho que como um álbum no seu todo, como uma peça de arte, eu acho que este é de longe o nosso mais forte registo até ao momento.
King_leer:
Diz-me qual a história que se esconde por trás desta música e como o vídeo acabou por ser realizado assim? Como já te tinha dito está simplesmente fantástico.
Peter Morén:
Essa foi a última música a ser gravada para este álbum e, precisava de um momento alto, por isso adicionamos o coro dos miúdos mesmo no último instante.
Ele tinha ouvido falar sobre este bando de motoqueiros rockabilly que se encontram e dançam ao som do rock dos anos 50 nos parque de Shibuya em Tokyo aos fins de semana.
Sabes como os Japoneses levam a sua sub-cultura muito a sério. De qualquer forma Andreas teve a grande ideia de os seguir e realizar este clip como se de um mini documentário se tratasse. Assim, não há actores, é a realidade mesmo. Penso que o resultado final foi excelente.
Links : http://www.peterbjornandjohn.com/
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