Bem, é tempo de fechar esta capítulo e, irei fazê-lo da forma usual neste blog – com factos e tentando ir sempre um pouco mais além na tarefa de entender e dar a entender esta indústria musical, tudo e todos que a rodeiam.
Claro que existe sempre aquela frase – “Era uma vez…” – e, essa vez foi no Verão passado quando o Jake Fior(produtor do tema “For Lovers” de Pete) me questionou se eu conhecia um bom estúdio por aqui. O objectivo era gravar o primeiro registo a solo do Pete. Nessa altura esteve tudo planeado e acordado com o estúdio, a EMI-UK, hotéis mas, existiu uma súbita mudança de planos e o projecto da gravação em Portugal ficou em banho Maria.
A vida segue e, desde que trates os teus parceiros com respeito e profissionalismo, as histórias tendem a terminar como esta.
O concerto da Queima no Porto foi anunciado e, a partir desse momento coloquei-me em acção! Foi duro mas, na Quarta-feira antes do concerto estive ao telefone com Adrian Hunter, o manager do Pete e encontro ficou marcado para o final do dia seguinte no Ipanema Park Hotel.
O Adrian estava ciente que eu era a ligação com o estúdio das conversações do ano anterior com a EMI-UK.
Conversamos um pouco na companhia das inseparáveis cervejas e as devidas apresentações foram feitas. O Adrian disse-me que o Peter estava sempre a escrever e não sabia se ele eventualmente queria gravar alguma demo. Acredito que para o Adrian foi um alívio verificar que eu não era alguém ligado a algum tipo de imprensa tentando marcar alguns pontos e em busca de “sangue”. Mas, em relação ao Adrian voltaremos a falar dele de seguida quando apresentarmos o “gang” completo.
Assim, a partir daquele momento passei a fazer parte do tal gang.
No dia do concerto, encontrei-me com eles no Hotel já bastante tarde, – aí conheci o Peter pela primeira vez – e fomos todos juntos para o queimódromo. Vi o concerto de um dos lados do palco e mal acabou fomos para o “backstage” conversar mais um pouco, beber e comer.
Nessa altura disse ao Peter que se ele quisesse poderia tentar arranjar o estúdio. Era igualmente tempo para as fotos com fãs, autógrafos e fotografias.
Estava quase terminado. Era já bastante tarde e tempo de regressar ao Hotel. Todo estavam cansados e apenas houve tempo para as despedidas e um obrigado por tudo e até uma próxima.
É aqui que começa a parte mais engraçada desta história. Foi sem dúvida uma forma diferente de conseguir arranjar o estúdio e fechar negócio entre as partes. Eram cerca de 22.30 de Sábado, estava eu a passear o meu cão, o Buddy quando recebo uma sms do Adrian com o seguinte texto “Consegues o estúdio para amanhã de tarde? O Pete quer gravar”. Apesar de saber que “amanhã” era Domingo enviei sms para o João Bessa do estúdio. Responde-me ele que estava no concerto do Pedro Abrunhosa em Braga e que iria chegar tardíssimo ao Porto.
De qualquer forma, lá consegui chegar a bom Porto, mais sms’s para o manager , este para a EMI-UK, de volta para mim e ok final com o estúdio. Cerca da meia-noite tínhamos acordo para gravar Domingo de tarde.
Foi uma excelente experiência, ver o Pete a gravar e estar no meio de uma equipe muito profissional, seja a do Pete ou a do estúdio. Acredito que haverá na certa uma próxima vez. Para ficar registado, depois da sessão no estúdio, deixei-os no Hotel e daí eles seguiram para p Dragão para assistir ao jogo do FCP. Os bilhetes foram gentilmente cedidos pelo promotor do concerto, o Emerson.
Agora, vamos à mais-valia deste post. Vamos então conhecer todo o gang e descobrir quais as suas funções:
ADRIAN HUNTER:
http://www.myspace.com/lazyeyeartists
http://lazyeyemanagement.blogspot.com/
Manager: Co-fundador da Lazy Eye Management
Adrian é juntamente com o seu sócio responsável por quase tudo no que diz respeito às carreiras do Peter Doherty a solo e dos Babyshambles. Tem uma relação já longa com o Pete com os habituais altos e baixos e, foi aparentemente num desses “baixos”, depois dos conhecidos problemas que existiram no ano passado ao nível do management dos Babyshambles que ele agarrou este projecto do álbum a solo do Pete “pelo pescoço”. Como manager ele tem que lidar com toda a imprensa, contratos, comunicações com a editora, digressões e concertos. Sempre com o seu blackberry. Contou-me aliás um episódio passado depois de um dos primeiros concertos a solo do Pete quando Stephen Street, o produtor mas que tocou igualmente nesse concerto, lhe perguntou ao saír do palco e com os polegares em riste – “Achas que foi bom?”. Não vou usar aqui o termo que Adrian usou mas disse-me algo “Estás a ver? O magnífico Stephen Street a perguntar-me como foi? Se achava que estava bem assim?”. Pode adivinhar-se o bom ambiente que rodeou a produção deste álbum.
IAIN SLATER:
Engenheiro concertos ao vivo:
Iain é o Engenheiro que acompanha Peter a solo e os Babyshambles nas suas digressões desde Outubro de 2007.
Usando as palavras do Iain “antes disso, trabalhei em várias bandas desde 1994 até começar a fazer da função de Engenheiro o meu dia a dia. Antes de 1994 estive sempre em bandas desde o tempo da escola. Vejam na minha página do Myspace.
KENNY PATERSON
Técnico de Guitarras:
O homem responsável por eu ter juntado uma corda usada da guitarra do Peter à minha colecção.
É responsável pelas guitarras do Peter. Não esteve no estúdio.
PAUL ROUNDHILL:
As palavras de Paul:
AS BAILARINAS:
Ambas Francesas, deram um toque diferente a três músicas tocadas pelo Pete, nomeadamente “Salomé”. Os seus nomes são Celine e Octavie e a bela e misteriosa Christine.
JOÃO BESSA:
Engenheiro-chefe:
O João foi o “homem atrás do voltante” naquela tarde. Ele é o Engenheiro-chefe dos Boom Studios, do qual o Pedro Abrunhosa é o proprietário. Desempenho bastante profissional e na certa uma parceria para se repetir e durar.
PETER DOHERTY:
Bem, tudo ou quase tudo que há para saber sobre o Pete está na internet. No que toca à sua pessoa, ele foi sempre muito educado, muito terra à terra e falamos quase como comparsas. Ele ainda gozou com a minha imagem de marca (King_leer), perguntando-me se eu sabia o significado (Sim, sei!), começando depois a falar sobre o título do álbum de Morrissey Alma Matters.
No estúdio ele esteve sempre muito empenhado e acabou o tema “The Ballad of Grimaldi” depois de, se não me engano, sete takes e, sempre prestando atenção às instruções do Iain. Depois disso, foi tempo de Pizza para todos.
Musicalmente, espero que o Pete continue a compor (ele está sempre a escrever) e, o melhor elogio que lhe posso fazer é dizer que o tema “A Little Death Around The Eyes” é uma obra de arte!
KING_LEER:
Bem, este sou eu e, espero que todos vós visitem este blog e comentem o que quiserem sempre que quiserem. Acima de tudo, que os conteúdos aqui presentes sejam do vosso agrado.
Bjs e Abraços
KL
Nota: “Excepto a foto do concerto e a do Kenny, todas as outras são propriedade de Luzikz.com!”
2 comentários:
Concordo! A Little Death Around The Eyes é das músicas mais brilhantes que tenho ouvido nos últimos anos. Obrigada por tudo, muito bom para os fãs saberem algo mais sobre o Peter, exceptuando a 'enchurrada' de disparates com que nos presenteia a imprensa todos os dias.
Gosto muito deste espaço. É muito fixe poder ler pontos de vista diferentes daqueles a que se está habituado sobre as coisas de que se gosta.
Agora, é preciso actualizar o blog, não? :)
Ah! Já agr, se apanhares o Pete e companhia por aqui outra vez, é convencê-lo a dar um pequeno concerto no Passos Manuel... Isso sim era lindo! :p
Cumps.
(E, yah, "A Little Death around the Eyes" é algo de espectacular)
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