GERALDINE - A ENTREVISTA

Pois bem, já é tempo de conheçermos então a Geraldine "dos Glasvegas". Agora que já conheçem a música e tiveram a oportunidade de absorver as palavras na letra de James Allan, vamos então conheçer melhor esta jovem de Glasgow:


King_leer (KL) : Este tema é sobre uma relação entre ti e outra(s) pessoa(s). Podes clarificar? É o James (vocalista da banda) o personagem neste tema?

Geraldine (G): Esta canção relata uma relação entre uma assistente-social e um cliente (o equivalente ao trabalho de uma enfermeira, percebes?). O personagem não é o James. A história é sobre qualquer pessoa que tenha estado no lado "mais sombrio da vida" e outra, paga, que o acompanha e apoia nessa fase difícil.

(KL) : Pelo contexto da letra o teu trabalho era muito profundo no que toca a relações humanas. Em que consistia esse trabalho?

(G): Eu trabalhei com a Denise (Irmã do James), durante 5 anos no Departamento Social do Câmara de Glasgow. Trabalhavamos com pessoas que tinham problemas de depêndencia tanto de alcoól como de droga (a canção foi escrita mais para a Denise mas eu tenho um nome mais giro, ha ha!)

(KL): Quando deste conta que estava a nascer uma canção sobre ti e o que sentiste nessa altura? Conheçes o James à muito tempo?

(G): Eu conheço os Glasvegas desde à quatro anos e tenho ajudado na venda de merchandising nos últimos dois anos. Durante o ano passado o James começou a dizer-me que estava a escrever uma canção chamada "Geraldine" e eu pensei que ele estava no gozo.
O James escreveu uma canção sobre a compaixão humana e a força que um indíviduo pode dar a outro. Sobre não julgar mas, apenas aceitar. A força positiva e incondicional que podes exercer sobre alguém.

(KL): Agora estás a 100% com os Glasvegas ou a Geraldine da canção está ainda no terreno (apoio social) ?

(G): Agora estou sempre com a banda quando estão em digressão, sou responsável pela venda do merchandising, Tshirt's, etc mas, tento estar sempre perto, com uma chávena de chá, uma conversa e um abraço sempre que é necessário, seja com a banda, a equipe, ou pessoas nos concertos. Estou já afastada à algum tempo do meu anterior trabalho e adoro o que faço. Ao trabalhar com eles, a minha vida passou a ser muito diferente do que era à um ano atrás. Então este último ano tem sido sempre a abrir (rollercoaster). Tenho conhecido pessoas maravilhosas quando estamos na estrada e não mudaria por nada.

FIM

- E, assim chegamos ao fim deste capítulo. Espero que tenha sido do vosso interesse e que este tipo de abordagem que faço da música e dos seus intervenientes seja do vosso agrado.
Quanto à Geraldine, esta jovem de 32 anos, a viver um momento diferente na sua vida, uma fase mais musical, mais radical mas que ao mesmo tempo nos soube transmitir o que é realmente a base da nossa existência, o sentido positivo e a força que podemos induzir a terçeiros, a amizade.
Esta é a Geraldine, a "nossa" Assistente Social, retratada de uma forma brilhante por James Allan.

Até ao fim de semana, voltarei com uma breve entrevista à banda, tentendo continuar na busca do que está verdadeiramente por trás da Música.......!

Cheers,
KL