Esta
é uma curta entrevista que fiz à cerca de duas semana atrás com o Andy Rourke,
ex-baixista dos Smiths. Um dos privilégios do Facebook como ferramenta de
conhecimento e comunicação. Já fiz muitas entrevistas no passado mas, quando
temos o privilégio de entrevistar alguém que – como ele diz – fez parte de um
gangue que foi igualmente parte da tua vida, da tua adolescência, significa
muito para ti. Assim, partilho agora este momento com todos vós, estando certo
que do “outro lado do monitor” estará alguém a reviver igualmente alguns dos seus
melhores momentos e gostará na certa de ler estas linhas sobre o Andy, o ex-
Smiths, o baixista, o DJ e, acima de tudo o músico.
KING_LEER
(KL):
Como introdução – como sempre faço – gostava de saber o que tens
feito nos últimos anos. Uma das tuas maiores ocupações no momento é ser DJ. Tu
e os teus anteriores companheiros nos Smiths espalharam em tempos a palavra “Hang
the DJ”/enforca o DJ. Afinal como é ? J
Em
primeiro lugar, não sou um DJ. Sou e sempre serei um músico. Dj’ing é algo que
faço por gozo e que começou acidentalmente numa festa em casa de um DJ (músico)
amigo (Clint Boon, Inspiral Carpets).
Ele perguntou-me se queria ir para a mesa e passar alguns sons. Eu disse, OK e
acabei por gostar
bastante! Assim, a partir daí continuei…
(KL):
És um dos mais conhecidos baixistas de sempre. Como tutorial para
os leitores deste blog explica-nos
basicamente o que é a secção rítmica de uma banda. A maioria das pessoas pensa
que pertencer a uma secção rítmica de uma banda significa menos controlo
criativo e maior facilidade na tua substituição. É verdade ou é apenas outro “mito
urbano”? Já agora, acrescento a minha opinião pessoal: Existem bandas nas quais
identificas perfeitamente o baterista ou o baixista. Por exemplo, nos Kings Of
Leon, consigo com alguma facilidade saber se o Jared tocou ou não numa faixa.
Partilha a tua opinião connosco.
(AR):
Hmm, eu diria que a secção rítmica é a espinha dorsal de
qualquer banda, ela dita o tempo, o pulsar. Se a alteras estás a alterar toda a
dinâmica da banda. Claro que são substituíveis, todos somos!! Em relação às
bandas novas…bem, terias que perguntar ao Jared. Mas, falando pela minha
experiência pessoal, sempre escrevi todas as minhas linhas de baixo e nunca
estaria envolvido com uma banda onde isso não fosse possível. Eu e o Johnny
conhecemo-nos quando tínhamos 11 anos e começamos a tocar música pouco tempo
depois, logo, tínhamos um perfeito conhecimento mútuo das nossas capacidades
musicais além de sermos amigos. Tudo funcionou com grande naturalidade entre
nós.
(KL):
Que bandas acompanhas/segues hoje em dia?
(AR):
Sou terrível a mencionar bandas. Existem tantas por isso não vou
por aí senão tenho que enumerar para aí umas 50. Estou ainda bastante ocupado a
trabalhar e a conhecer a música que aconteceu ainda antes de eu nascer!
(KL):
Kevin Cummins deu igualmente o seu contributo para este blog à uns tempos. Tenho na minha frente
uma publicação da extinta Babylon datada de 1985 e chamada “The Smiths in
Quotes” e ilustrada com fotos do Kevin. Não sei se te recordas mas, o livro
acaba com citações tuas sobre cinco temas. Escolhi este e, gostaria de saber se
a resposta ainda seria a mesma:
Andy Rourke sobre os……THE SMITHS : “Somos a melhor banda do
Mundo, não existe alguém melhor”. – Acredito que a tua opinião ainda seja a
mesma. Alguém chegou aos vossos calcanhares?
(AR):
Wow! Com esta estás a virar os holofotes todos para mim!
Sabes uma coisa? Acho que vou manter o meu testemunho inicial, “fuck
it”!
(KL):
Vou terminar com uma dupla questão. Em primeiro lugar, qual foi o
teu momento maior com os The Smiths? A música que mais tem de ti como músico e
compositor? A outra questão é mais pessoal…partilha connosco algo que poucos saibam
sobre ti e os The Smiths, algo que tenha passado ao lado da opinião pública.
(AR):
Outra pergunta complicada. Orgulho-me de todo o meu trabalho nos
Smiths. Músicas mais importantes? ……"The Queen Is
Dead" , depois "Barbarism Begins At Home", "Bigmouth
Strikes Again", "Sweet and tender hooligan" e a lista continua
por aí fora. Tem para mim
mais importância o todo, ou seja, o quatro jovens fizeram juntos nesse período
(Os Smiths acabaram quando eu tinha 23 anos). Tínhamos muitas coisas para tratar,
e pessoas a tentar arruinar-nos mas nós conseguimos mostrar solidariedade, nós
éramos um gangue!
A última questão? Bem!!! Penso que todos os meus esqueletos estão/saíram fora do
armário. Eu vivi a minha vida privada em público durante esses breves mas maravihosos anos :o) )
A última questão? Bem!!! Penso que todos os meus esqueletos estão/saíram fora do
armário. Eu vivi a minha vida privada em público durante esses breves mas maravihosos anos :o) )
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