Os Videos do King_leer, Outono 2016

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

PETER MORÉN - O "Young Folk", ou será o "Last Tycoon" ?


E, finalmente, a tradução prometida....

Como o Peter estará amanhã em Portugal para o seu último concerto a solo da digressão de suporte ao seu primeiro album a solo “Last Tycoon”, parece-me a altura ideal para publicar este diálogo da passada Segunda-Feira.
Conheçi o Peter pela primeira vez em 2007 no festival Paredes de Coura quando actuaram os Pete Bjorn & John.
Espero que gostem..

KING_LEER (KL):

Sobre letras:

"Let's call it off" é a música que menciona (no vídeo) o título do vosso album “Writer’s Block”. Qual o significado desta música e o que “esconde” o título do album?

PETER MORÉN (PM):

No video foi nossa intenção juntar um conjunto variado de referencias a outras canções e temas do álbum. Foi por isso que o título aparece no vídeo.

A música é sobre o final de uma relação que nunca chegou a começar. O título do album é uma partida, um jogo de palavras. Nós não tivemos qualquer tipo de “Bloqueio de escritor”. Nós escrevemos as nossas músicas no mesmo bloco habitacional onde vivemos em Estocolmo, um bloco de artistas. Interessante e engraçado não?

(KL):

Qual a canção (em relação à letra) que mais te afectou na tua vida e qual a razão, se poderes partilhar connosco, claro?

(PM):

A maioria das minhas letras são muito pessoais e é uma escolha difícil mas, "Objects Of My Affection" será sempre especial para mim, isto porque, é sobre o começo de algo novo que ainda perdura; amor puro para ser honesto e a lição aprendida que não deves de facto viver no passado mas sim, viver correctamente o que veio depois. A nostalgia nem sempre é algo bom, na maioria das vezes é um sentimento mau. É igualmente maravilhoso ter um significado especial para outras pessoas. Ainda hoje recebo e-mail’s sobre esta canção em particular.

Sobre plágio:

(KL):


Ouvimos todos falar sobre plagiarism na recente história sobre o tema “Viva La Vida” dos Coldplay. Pessoalmente não acredito mas Peter, não tendo eu conhecimentos sobre criação musical, diz-me o que pensas sobre este assunto? Eu acredito que é possível criar “atmosferas” similares por coincidência mas, eles não precisavam de o fazer, penso eu.

(PM):

Sinceramente, não ouvi essa história. De qualquer forma tu podes “pedir emprestado” arranjos e ideias. Qualquer um de nós já o fez e isso é criatividade e demonstra conhecimento musical. Quando falamos de melodias, é difícil fazer algo completamente novo a todo o instante. A maioria das melodias/sons já foram criados. Já aconteceu eu reconhecer semelhanças com outras depois de escrever uma música nova apesar de eu não o fazer deliberadamente. A partir daí depende de “quanto é que eu roubei”. Se fôr demasiado óbvio, rasgo e faço algo novo mas, nunca planeio “roubar” as ideias de ninguém.

(KL):

Sobre criar melodias e canções:

Quando escreveste “Young Folks”, de onde surgiu aquele assobio? Escreves as letras e a música ao mesmo tempo? Tens algum esboço inicial desse tema para que possa colocar no “player” do blog para os leitores terem a noção como esse processo acontece?

(PM):

“Young Folks” era uma canção muito diferente da maioria das escritas por nós. Tudo começou com uma melodia que o Bjorn tinha escrito como sendo uma peça de jazz para piano, algo calmo. Depois trabalhamos a melodia em conjunto e fiz o arranjo com a excelente acompanhamento do John na bateria. Eu e o John escrevemos a letra com a ideia de ser um dueto, o que foi difícil. Não é tão natural como escreveres letras sobre ti. A canção foi criada em estúdio por isso não há versão inicial, excepto o “sketch” de piano do John que soa um pouco a Duke Ellington.

Sobre a tua visita a Portugal na próxima semana:


(KL):

As próximas linhas são para ti. Fala o que quiseres sobre o teu projecto a solo, os porquês, as histórias, tudo o que quiseres. Como vai ser o concerto em Braga?

(PM):

Depois de tocar com o Bjorn desde os meus 15 anos, senti subitamente a necessidade de fazer algo sózinho. Na realidade começei a trabalhar neste album antes da banda começar a digressão mundial nos finais de 2006. O ano passado fizemos uma pausa e pareceu-me ser a altura ideal para o lançar, o que fiz em finais de Abril. Chama-se “The Last Tycoon”. É um disco muito calmo, “folky”, mas as músicas são similares às da banda (PB&J) no que concerne a melodias e letras. A grande diferença está nos arranjos. Eu adoro tocar guitarra acústica por isso quis que as canções fossem baseadas em dedilhar as cordas, calmamente.

Foi gravado em apartamentos de amigos meus. Fiz cerca de 60 concertos a solo o ano passado mas o de Braga será o último por um período grande visto irmos lançar (PJ&B) o novo album no final de Março, por isso vou-me concentrar na banda novamente.

Vou até Braga com um grande amigo meu – Tobias – que irá tocar bacteria e piano. Será um concerto muito pessoal, calmo mas igualmente enégico. Tocarei as minhas canções a solo e talvez toque algumas versões.

Estou ansioso por fazê-lo.


0 comentários: