Os Videos do King_leer, Outono 2016

terça-feira, 18 de agosto de 2009

MIKE "MOONSPELL" em entrevista...."Metal Forever!!"




Ora aqui está uma entrevista, curta, mas bastante interessante de fazer com o Mike Gaspar, baterista dos Moonspell. Recebi as respostas já muito em cima um dos último s concertos dos Moonspell em território Nacional antes da tourneé Americana que está nesta altura ainda a decorrer.

O Mike é um excelente parceiro para estas conversas e um comunicador nato. É um exemplo de como essa mesma comunicação entre banda, fãs, imprensa e outros parceiros destas andanças deve ser encarada.

Os Moonspell continuam a ter a sua legião de fãs – sempre a crescer – como pude comprovar no recente concerto inserido nas festas do município da Maia (Maiact).

Espero que apreciem pois como já referi, para mim é sempre um prazer, principalmente tendo em conta que não é o género musical que habitualmente acompanho mas faço por participar e estudar estes “fenómenos” e daí extrair informação para partilhar convosco.

Nota: Quanto à foto, não é meu costume aparecer mas esta foto é de todo “hilariante” e um momento único. Vésperas do concerto do Halloween no Coliseu de Lisboa em 2007. Eu, acabado de terminar o meu dia no Banco, aproveitei a passagem por Lisboa e lá estive a receber as “baquetes” do Mike, na altura oferecidas a um espectador do programa onde eu participava no Porto Canal.

KING_LEER (KL):

Caro Mike,

Se consultarmos o Wikipédia, os Moonspell estão caracterizados como black metal/gothic metal. Qual a definição mais correcta, aquela com que vocês próprios no vosso dia a dia se intitulam.

MIKE “MOONSPELL” (MM):

Bem isso foi sempre um questão muito interessante e as vezes ficando ao ponto de ser ridicularizado devido a tantos rótulos que se dão aos vários tipos de música . Obviamente que o Black metal e o gótico foram grande influencias no inicio da nossa carreira mas também sempre tivemos um estilo próprio e muito distanciado do género devido as nossas origens e costumes que vêem do sul da Europa. Por isso gosto de considerar a nossa música apenas por Moonspell . As possibilidades para a nossa música são intermináveis e assim as barreiras são poucas e a composição tem ganho muito com isso. Sinto me sempre orgulhoso por isso!

KL:

O vosso Verão vai ser em cheio, nomeadamente após este regresso à “Terra Nostra”. Vão de malas aviadas para os EUA em digressão. Até que ponto (mesmo tendo em conta o vosso género musical) é importante estarem ligados a uma editora estrangeira e com “bookings” igualmente estrangeiros. É assim uma diferença tão grande? Para o correcto entendimento dos leitores explica as grandes vantagens desta vossa ligação.

MM:

Essa ligação tem realmente muito a ver com o movimento que pertencíamos na altura. As bandas que admirávamos estava em editora estrangeiras e a fazer digressões constantes pelo o mundo fora. Dificilmente teríamos uma oportunidade em Portugal devido a falta de reconhecimento pelo o público neste estilo de musica e o mercado ser muito pequeno. Apenas bandas Americanas podiam fazer carreira apenas no seu pais mas mesmo assim recorrendo ao publico europeu devido ao excelente apoio e condições.

Muito tem mudado desde então e felizmente podemos ter um mercado nosso em Portugal mas o espírito desta banda foi sempre levar a nossa musica o mais longe possível. E para isso é inevitável trabalhar com estrangeiros. Mas tem sido isso que marca a nossa diferença perante os artistas nacionais. O nosso conhecimento alem fronteiras é muito grande e tem nos moldado numa super banda! Mesmo as vezes não o sentir e estarmos completamente alheios a esta realidade até o ser necessário . Como por ex. estarmos muito descontraídos antes de um concerto como se nada fosse. Mas na realidade estar em palco para nós ou estar numa Bus a viajar é como estar na nossa própria cama! he he .

KL:

Qual o significado da figura da capa do vosso novo álbum (já saiu na Europa mas acaba de ser editado nos EUA) , Night Eternal ?

MM:

A imagem representa a força Feminina. Ela é uma Madona do nosso universo .Este trabalho foi feito pelo o Seth que é o baixista de Septic flesh. Ele sendo Grego compreende perfeitamente a ligação e importância de mulheres nas nossas vidas. Também a frustração de ser mulher no sul com toda a nossa presença machista que ainda hoje se sente e repara se bastante a diferença de mentalidades no norte da Europa. Penso ser das nossas melhores capas de sempre. A beleza e mistério da imagem com um toque religioso é perfeito. A nossa entrega completa pelo o poder da mulher!

KL:

Costumo estudar e falar um pouco sobre as letras de algumas músicas. Sei que é o Fernando que assegura esta tarefa mas, o tema “At Tragic Heights” é composto na sua maioria citando o capítulo 16:2 do livro das Revelações que nos fala das últimas sete pragas lançadas pelos sete anjos. Quem é ela em “She hangs from the sky” ?

MM:

Peço mesmo desculpa mas essa tens mesmo que Perguntar ao Fernando!

KL:

Para terminar, o que podemos esperar do vosso concerto aqui a Norte na Maia? Alguma surpresa reservada? Será o penúltimo em território Nacional antes da partida para os EUA.

MM:

Penso que não porque ainda temos o concerto do Caos Emergente em Setembro . O concerto da Maia já começa a ser um ritual devido a nossa participação no ano passado . A quantidade de gente que compareceu para apoiar Moonspell foi nada do que estávamos a espera! Foi um concerto de sonho que me fazia lembrar os grandes concertos nos anos 80 e principio de 90 no Dramático de Cascais com bandas com Iron Maiden. Onde o Público estava em completo sintonia com a banda. Foi isso que sentimos e nem sempre temos uma reacção dessas! Por isso temos a obrigação de dar ao publico da Maia mais um grande concerto com tudo que têm direito .

Podem esperar um espectáculo de projecções que ainda foi pouco visto em território nacional. A presença das Crystal Mountain que é sempre um prazer dando um toque mágico aos nosso concertos. E sem duvida a entrega completa por parte da banda que tem estado a tocar bastante e com muitas saudades de tocar em casa. Amadora foi excelente e agora mal posso esperar por quinta feira. Vamos rebentar com a malta!!! he he.

Abraços e

“Metal forever”,

FIM.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

NADEAH MIRANDA - "Coração Selvagem!" no palco e aquela VOZ...!















Agora que estamos na época dos festivais e os media estão direccionados para eles, parece uma óptima oportunidade para relaxar um pouco e publicar esta peça com uma das vocalistas principais dos Nouvelle Vague. Vi a Nadeah ao vivo pela primeira vez o mês passado no SBSR deste ano no Estádio do Bessa. Não era o ambiente perfeito – após o cancelamento do Depecha Mode – mas, esta rapariga trouxe “fogo” ao um local que no passado recente aquecia com os derbies entre o Boavista e o Porto.

Posso sintetizar a performance dela em duas palavras: Presença e Voz!

Iremos ouvi-la brevemente uma vez que estarão de regresso ao nosso País mais duas vezes até ao final de 2009.

Por mim, quero apenas agradecer-lhe pelo seu tempo, pelas fotos que me cedeu e pelo mp3 que está no player do blog para a vossa audição atenta. Pertence ao seu futuro trabalho a solo.

Abaixo, ficam alguns dos links essenciais para saber um pouco mais sobre o trabalho da Nadeah.

http://nadeah.com/

http://www.nouvellesvagues.com/BAND_nadeah.html

http://www.hollywoodmonamour.com/info

KING_LEER (KL):

Nadeah,

Em primeiro lugar deixa-me felicitar-te pela tua fantástica actuação no festival SBSR aqui no Porto na semana passada. Foi a primeira vez que que vi os Nouvelle Vague ao vivo e, apesar de o público tere estado muito calmo no início tu conseguiste “incendiar” o ambiente.

NADEAH MIRANDA (NM):

Muito obrigado. Penso que é normal esse comportamento do público pois provavelmente não conhecem bem a tua música e, por isso mesmo os primeiros momentos são sempre mais calmos. Muitas das pessoas presentes no festival foram mais para ver os Depeche Mode, assim, provavelmente não sabiam o que esperar de nós. Pessoalmente penso que foram uma excelente audiência, muito atenta e divertida à medida que o tempo ia passando.

KING_LEER (KL):

Estás sempre assim tão confortável com este tipo de aproximação que tens com o público? Literalmente foste para o meio da assistência.

NADEAH MIRANDA (NM):

Sim… o mais importante num concerto para mim é fazer a correcta ligação com o público…Se isso significar ir para o meio dele ou puxar as pessoas para o palco ou então fazer ou dizer algum disparate para atingir esse fim, então assim seja. Não há nada pior do que sentir que o público não está contigo, por isso dou o meu melhor para fazer amigos rápido visto termos ambos decidido passar a noite juntos. Como intérprete penso que deves ser tua a dar o primeiro passo visto o público já ter feito a sua parte ao vir ver-te e ouvir a tua música.

KING_LEER (KL):

O teu passado está recheado de projectos e colaborações. Conta-nos um pouco mais sobre as tuas raízes. Quando começaste a cantar?

NADEAH MIRANDA (NM):

Eu tinha cerca cerca de três anos quando me apercebi que queria ser uma cantora. Mas, como era muito tímida para o confessar a alguém e como as minhas notas na escola eram boas, fui dizendo às pessoas que queria ser médica pois soava bem. Tinha doze anos quanto actuei pela primeira vez em público. Foi para representar a minha turma num concurso da escola. No meu liceu havia uma audição anual na qual todos os caloiros tinham que participar. Foi então a minha primeira experiência com o público. Lembro-me que foi como se estivesse a voar e foi talvez a primeira vez que alguém da minha turma me dispensou alguma atenção. Antes dessa audição eu tinha talvez dois amigos mas, logo de seguida todos da turma queriam ser meus amigos…pelo menos durante uma semana.

Quanto aos meus projectos, escrevi a minha primeira canção aos 13 anos de idade….sobre um rapaz, claro. Nessa altura estava mais envolvida com comédias musicais mas, aos 16 anos parei de fazer esses shows, aprendi a tocar guitarra e comecei a escrever canções novamente com pessoas da escola, etc.

Aos 18, fui para a Europa e andei por França e Inglaterra e, desde então tive sempre a minha própria banda…The LoveGods, a principal até agora. Um projecto de rock alternativo em colaboração com guitarrista Francês Art Menuteau.

A mudança para Paris deu origem ao início de várias colaborações, incluindo Marc Collin, Holywood Mon Amour, B for Bang de Katia Labeque e claro, os Nouvelle Vague.

KING_LEER (KL):

A tua colaboração com os Nouvelle Vague teve início no ano passado. Como foi a tua reacção?

NADEAH MIRANDA (NM):

De encanto absoluto. Nessa altura estava a estudar Francês pois provavelmente iria necessitar de falar a língua para arranjar um emprego decente em Paris. Estava quase para desistir da música como trabalho a tempo inteiro. Assim, quando o Marc me convidou para fazer parte dos Nouvelle Vague (ele tinha-me ouvido cantar num clube em Paris no qual actuei a convite de um colega de escola) senti-me como a cantora mais felizarda do Mundo…salva pelo gongo como se costuma dizer.

KING_LEER (KL):

Como é o método de trabalho nos Nouvelle Vague? Como estamos a falar de versões, os arranjos são feitos e depois vocês adicionam as vozes ou tomam igualmente parte no processo de trabalhar esses mesmos arranjos?

NADEAH MIRANDA (NM):

Os arranjos são 100% da responsabilidade do Marc Collin e do Olivier Libaux. As cantoras podem propor canções que pensam serem interessantes de incluir mas, com a “New Wave” não era propriamente o meu género e como os Nouvelle Vague são a “criança” dos dois eu preferi deixa-los à vontade na escolha.

Quanto à gravação do álbum 3 dos Nouvelle Vague, não sei como foi para as outras cantoras, mas para mim, deram-me meia dúzia de versões originais de temas para eu aprender e depois eu, o Marc e o Olivier fazíamos uma “jam session” com essas músicas tentando interpretar vários estilos e diferentes interpretações. A partir do momento que sentíamos que tinhamos encontrado a versão ideal, os rapazes começavam a tratar da gravação e dos arranjos finais. No final, eu regressava e cantava as minhas partes e deixava-os fazer as magias habituais deles. Foi bastante simples.

KING_LEER (KL):

Sobre os teus futuros projectos:

Venus Gets Even – O que esconde este nome do teu projecto a solo?

NADEAH MIRANDA (NM):

O nome tem múltiplos significados. Eu prefiro deixar as pessoas terem a sua própria interpretação sem eu impor todas as minhas interpretações pessoais. Estou certa que as vossas são muito mais interessantes..!

Mas, mesmo que nada signifique, eu gosto do som das palavras “Venus Gets Even”. Gosto igualmente da imagem do planeta do amor ajustar contas com o nosso Mundo…., uma contradição, certo?

Além disso, penso ser mais interessante do que usar o teu próprio nome associado a um projecto

KING_LEER (KL):

“Song I just wrote” é uma demo mas que estive a ouvir no teu site e, é uma canção triste com frases como “…Olho para o meu lado direito da minha cama dupla e lá continuam livros e remédios em vez de ti…” Por outro lado, “At the moment” é um tema em que os blues encontram o som tipo cabaret no qual podemos ouvir na perfeição as tuas excelentes qualidades vocais e as variações que consegues impor numa composição como esta.

Que podemos esperar do próximo álbum?

NADEAH MIRANDA (NM):

Uma mistura bipolar de canções,estilos, emoções e personagens. Eu ficaria aborrecida se assim não fosse e penso que todos nós – humanos – somos tão multi dimensionais que seria uma loucura alguém simplesmente replicar o mesmo som e emoção em cada canção. Como a letra foi inspirada num período de dois meses na minha vida muito intensos e surreais a música tinha portanto que reflectir tudo isso. Os excelentes arranjos são obra do Nicola Tescari, o produtor e pianista neste projecto “Venus Gets Even”, que é um excelente condutor de orquestras, um virtuoso pianista e um compositor clássico. Nunca poderia ter um resultado musical deste nível sem a sua colaboração e obviamente sem um conjunto de músicos de suporte excelentes.

KING_LEER (KL):

Finalmente: Ontem, celebrou-se o 40º aniversário da chegada do Homem à Lua. De todas as músicas que se inspiraram nela, diz-nos qual a tua favorita.

NADEAH MIRANDA (NM):

Vou ter que recorrer ao cliché e dizer que a minha favorita é “Dark Side of the Moon” dos Pink Floyd. Sou uma fã incondicional.




FIM