Os Videos do King_leer, Outono 2016

quarta-feira, 22 de julho de 2009

GARY POWELL - Mr. "Cool Guy" !!



Gary Powell, mais conhecido por ter sido membro dos Libertines, é sem dúvida um caso à parte neste nosso Universo musical. Tive a oportunidade de o conhecer em 2005 num dos últimos concertos dos Libertines em Lisboa. O contacto foi rápido mas desde lá, temos comunicado. É para mim uma grande mais valia ter a oportunidade de publicar esta entrevista que nos dá a conheçer um pouco mais do Gary, do seu passado, dos seus novos projectos e, acima de tudo continuar a “acreditar” que a forma mais fácil de nos entendermos uns aos outros é comunicando de igual para igual.

O Gary foi Pai à muito pouco tempo e, desde já lhe agradeço a sua disponibilidade e desejo “good vibes” para ele e para o filho “Wolf”.

Links relevantes do Gary disponíveis abaixo:

Esperto que esteja ao vosso gosto:

http://en.wikipedia.org/wiki/Gary_Powell

http://www.myspace.com/garyapowell

http://www.dirtyprettythingsband.com/


KING_LEER (KL):

Eu vi a entrevista que deste ao “one eyed monster” e nela algo chamou a minha atenção. É-te difícil entender o burburinho que se gera à volta das estrelas de Rock, - “É cool mas não entendo” afirmas tu. Quando te conheci em 2005 fiquei com uma ideia que o tempo soube confirmar e num recente jantar aqui no Porto com o produtor Jake Fior ouvi novamente esse “chavão”: O Gary é o “cool guy”, aquele que mantem o low-profile. É assim tão difícil para ti lidar e compreender certas partes do que é estar inserido numa banda e, ainda por cima super badalada?

GARY POWELL (GP):

Não é assim tão difícil manter o field a balança entre ser um artista e ser igualmente um homem como outro qualquer na rua – aliás é bom conseguir fazer essa diferenciação. Ajuda a que, de cada vez que subo ao palco, esse acto seja um momento especial em vez de estar sempre visive apenas de uma forma. Qualquer pessoa que faça algo de creativo na sua vida e que tenha uma carreira que dependa desse factor tem sempre um ego. O truque é saber controlar o mesmo. Usa o teu ego para o bem e não para o mal, como eu prefiro dizer. Ao mesmo tempo ter o conhecimento de que por tocar numa banda não me faz ser melhor do que os outros é importante – e, para ser honesto, conheci pessoas que não fazem nada em termos artísticos que me impressionaram muito mais do que qualquer estrela de rock.

(KL):

Começaste como músico muito cedo e ainda no Canadá se não estou em erro. Fala-nos um pouco do teu passado e das tuas influências artísticas. Quais são verdadeiramente as raízes musicais do Gary Powell?

(GP):

Começei a tocar em casa dos meus Pais quando viviamos em Birmingham. Tive a sorte de ter uns Pais que me incentivavam a ser criativo – desde que as notas na escola se mantivessem niveladas! A minha verdadeira aprendizagem no entanto, começou no Canadá numa organização em Kitchener Ontario sobre a instrução de Brent Montgomery and Rod Meckley. Eles fomentaram a minha leitura e ensinaram-me o básico na interpretação. Depois, rumei a New Jersey e fui ensinado por Tom Aungst nos cadetes de Bergen County. Ele e Willy Higgins colocaram em forma as minhas mãos e mente e, se não fosse por eles eu não teria as capacidades que tenho hoje em dia.

O que tornou tudo ainda mais interessante e proveitoso foi que o que me ensinaram na altura nada tem a ver com a forma como lido com a bateria hoje em dia. Ensinaram-me uma visão mais global da música visto tocarmos jazz contemporâneo ou tendências mais clássicas. O que falei atràs, ajudou-me a desenvolver o apetite por uma música mais obscura e diferentes formas de tocar. A partir daí, tornei-me um percussionista freelancer de volta à Inglaterra e por cerca de um ano, findo o qual regresso aos EUA para ensinar el alguns locais, nomeadamente na St. Mary’s area high school na Pensilvânia. Foi preciso esperar até ao fim dos anos noventa para eu tocar algo que se possa denominar popular. Mas, por essa altura os meus variados gostos musicais já se misturavam na minha biblioteca musical, desde John Adams aos Wire.

(KL):

Como os Dirty Pretty Things são passado, quais são actualmente os teus principais projectos?

(GP):

Desde o fim dos DPT formei a minha própria banda e estou a escrever eu todas as músicas (até agora). É uma banda de rock & roll (acho) mas com um “colorido” diferente. Tenho igualmente escrito bandas sonoras para o estilista Todd Lynn.

(KL):

Vou mostrar no video player do blog a tua actuação no Drum-Tech Master class (demonstração). Tenho a esperança que alguns futuris bateristas leiam esta peça. Por favor explica-lhes (e a nós também) em que consiste esta tua perfomance nestes encontros.

(GP):

As master classes que façosão simples na sua estrutura. Falo principalmente na forma como desenvolvo as minhas actuações, como treino, como ensaio e falo igualmente sobre a indústria musical. A importância de encontrares a tua própria “voz musical/criativa” é algo que procuro incutir até aos limites do que é humanamente possível. Além disso, a interpretação da forma como te aproximas do teu instrumento de eleição, terá uma importante palavra a dizer naquilo que será o teu som global, por isso, costumo frequentemente falar sobre o que eu chamo “Os segredos da interpretação básica “ por forma a ser mais agradável para a audiência pois isso é o que a música deveria ser , agradável.

(KL):

É um dia festivo no local onde vivo. Ao mesmo tempo que escrevo estas linhas há fogo de artifício lá fora. Tu prestas especial atenção a uma grande quantidade de sons durante o dia (também li essa tua entrevista). São eles assim tão importantes para a tua inspiração criativa e para o teu desempenho na bateria?

(GP):

Homem, eu ouço tanta porcaria que até é ridículo! Agora mesmo, que te estou a responder estou a ouvir Beach Boys, mas antes estava a ouvir Vertigo de Bernard Herman e outras coisas mais incluíndo Billy Joel! Tento não ser Snob no que toca à música que ouço – apesar de saber que é difícil não o ser. Boa música é sempre boa música, venha ela de onde vier e todos podemos ganhar muito em ouvir o máximo possível. Acredito firmemente todos os desafios e lutas da vida podem ter resposta com uma canção.

(KL):

Como foi a experiência com os New York Dolls? Como surgiu o convite?

(GP):

Tive a sorte suficiente para receber um telefonema do Russel Warby que era o booker deles na agência naquela altura (Agora no William Morris Group) perguntando-me se queria fazer o concerto. Eu, na altura estava de regresso a casa após mais uma sessão de gravação (Segundo album dos Libertines) e, quando recebi a chamada não pensei em mais nada até receber pelo correio música acompanhada de uma carta com o logotipo dos New York Dolls. Foi uma daquelas experiências, uma que irá comigo para a sepultura. Apenas tive um ensaio com a banda que durou cerca de 4 horas e, tudo o que fizemos foi tocar temas dos Shangri-Las. O resto do show foi preparado durante o sound check no dia do primeiro concerto. Até muito recentemente não fui colocado sobre tamanha pressão para acompanhar/preparar-me para um show (fiz 3 concertos com os Razorlight na Alemanha e na Bélgica e igualmente tive apenas um dia para preparar o concerto).

(KL):

Sendo Americano, quais são os teus pensamentos sobre a actual política dos EUA em relação à Europa e ao resto do Mundo? Obama tem dito às outras Nações que estas têm que dar um passo em frente igualmente….estás satisfeito até agora com estas recentes alterações políticas?

(GP):

Eu considero-me basicamente Inglês, tenho passaporte Inglês e frequentei a escola aqui até aos meus 15 anos. No entanto, tenho ainda muita família nos EUA de New Jersey até ao Arizona e estou em contacto permanente com eles e com a polítca Americana e, sou igualmente membro do partido Democrático em New Jersey. No que toca à minha ascendência Americana e ao posto que esta ocupa – a segunda Nação mais odiada pelos forças do mal (a primeira é o Reino Unido), o povo Americano na sua generalidade sabe o erros cometidos e estão confiantes com Obama. Claro que apenas o tempo nos dirá mas ele parace ser um homem de grande integridade e que ao mesmo tempo consegue ver mais longe que os outros – Esse é um dos argumentos para afirmar que a América é um dos parceiros e que todos têm o dever de contribuir para todos nós vivermos num Mundo melhor.





FIM

quinta-feira, 16 de julho de 2009

“É um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade”


Agora que estamos na época dos festivais, o que implica menos posts neste vosso blog, resolvi vir até aqui à boleia do aniversário da chegada do homem à lua.
Já se lembraram de dar uma vista de olhos pelas músicas onde a lua foi protagonista?
Deixo-vos um link do "Blogcritics" onde podem ver 28 temas.

http://blogcritics.org/music/article/music-playlist-songs-about-the-moon/

Abaixo, deixo-vos um dos meus favoritos em vídeo:

P.s: Próximos Posts: Gary Powell, Mike Moonspell, Esser, The Kooks, Tim Chester-NME, Mercury Prize ...

Abraços

KL


terça-feira, 7 de julho de 2009

PEDRO ROLO DUARTE - Um Gentleman da comunicação .




Ora cá está uma entrevista particularmente interessante. Convidei o Pedro para esta breve troca de “impressões” e, o resultado está nas linhas abaixo.

Senti necessidade de abordar certos temas e, apesar de no desenrolar da mesma, aparentemente estarmos em desacordo em alguns temas, penso que ao lerem as linhas que se seguem vão entender ambas as visões. Mais uma vez o Pedro esclarece com clareza qualquer dúvida que tente emergir. Por fim, um elogio à pronta resposta da parte do Pedro. Não nos conhecemos pessoalmente, o meu trabalho não é digamos mainstream mas, da experiência que tenho – e já não é pouca – foi um caso raro cá no nosso burgo, ao contrário dos outros parceiros não Portugueses que já passaram no nosso blog. Fica o registo. O meu muito obrigado.

Em ambos os players podem encontrar algumas novidades, algumas delas, com ligação a esta entrevista. Rapidamente irão descobrir.


P.s O formato desta entrevista é diferente do habitual. Aproveitando a “edição” do Pedro, ficam as minhas questões em letra comum e as respostas a bold/negrito.


1) Sobre ti:


Tu não és propriamente um jornalista ligado essencialmente à música, no entanto, no teu percurso estiveste ligado a várias publicações/programas em que a música era igualmente “parte interessada”. Qual o espaço que a música ocupa no teu dia-a-dia.


A música ocupa nos meus dias um espaço semelhante ao da luz – sem ela não vivo, e gosto do escuro só mesmo quando é para dormir…


Já agora – e para quem não segue as tuas pisadas actualmente – a que projectos estás hoje em dia ligado. De quantas estrelas é o Hotel Babilónia? Existem ainda muitas vagas?


Hoje em dia sou autor de uma crónica diária na Antena sobre blogues, editor da revista de sábado do novo jornal “i”, apresentador de um debate semanal na RTP-N (Fala com Elas), e co-autor e apresentador de um magazine de fim-de-semana na Antena 1 – este sim, com muita musica, escolhida por mim e pelo João Gobern. O “Hotel Babilónia” tem todas as semanas uma montanha de estrelas…


2) Sobre o jornalismo actual:


Não sei se é por sermos aproximadamente da mesma geração (existe aquele mito que reza que gostamos mais do que se “passava” no nosso tempo…) mas, tenho a sensação, para não dizer certeza que se perdeu muita da originalidade que abundava nesses tempos. Seja na vertente televisiva, radiofónica ou escrita, vivemos uma época em que se copiam muitos formatos.


Não concordo… Acho que nunca como hoje se criou em comunicação – basta ver projectos como o “i”, nascido em tempo de crise. O problema é que os horários nobres, os espaços de maior consumo, são formatos e isso acaba por minar a aparência. Ora, esses espaços são assim porque… o público quer consumir aquele tipo de produtos. Antigamente nós arriscávamos mais porque os estudos eram menos rigorosos. Hoje, sabe-se o que as pessoas querem – e os profissionais trabalham para as pessoas, não para as paredes…


Será que os responsáveis da maior parte dos veículos de comunicação (nomeadamente a TV) ainda não se apercebeu dos sinais das outras “indústrias”, nomeadamente na musical, com o aparecimento de novas plataformas de comunicação, partilha,etc?


Uma coisa são novas plataformas, novas formas de consumir – outra são os produtos. Nós hoje consumimos de forma diferente, mas consumimos o mesmo música, filmes, livros, jornais…


Não falta muito tempo e podemos escolher o que queremos ver, sem termos que estar dependentes das televisões tradicionais. Será que estes sinais não são tidos em conta? Quando a publicidade passar de uns meios para os outros será tarde…..


Não acredito, porque a História tem provado que as mesmas empresas que se deixam ultrapassar nesses momentos, depois compram as empresas das novas tecnologias. Ou seja: tudo se concentra quase sempre nos mesmos. Já reparaste que em Portugal não há um único player de internet que não venha dos meios clássicos: sejam jornais, seja o SAPO, o aeiou, o Clix, tudo é dominado pelos mesmos que antes dominavam imprensa, rádio, TV, telefones fixos, etc…


é parecido com os downloads ilegais. Os preços ficaram, ficaram, o artigo não inovou e, deu no que deu.


É diferente, porque os downloads ilegais não resultam dos preços. Se o preço fosse baixo, havia na mesma – o consumidor, se puder ter de borla, não paga, é lei da vida! Um jornal custa um euro, é barato, e mesmo assim quem pode lê na banca ou no café sem pagar…


Tenho a sensação, que na década de 80/90 havia mais trabalhos de autor. Lembro-me assim sem ordem especial de publicações como o Se7e, o Blitz, Xfm e a maior liberdade de opinião que existia. Quando falo de liberdade falo em opinião não condicionada a terceiros ou parceiros, penso que dá para entender.


Tb não concordo… Acho que nunca, como hoje, houve forma de manifestar opinião livremente. Há blogues, há sites, é canais de cabo, há mil rádios. Não há realmente projectos de envergadura na imprensa cultural, pura e simplesmente porque as pessoas se estão nas tintas e querem consumir tudo de borla… No tempo da net o Sete nem teria nascido… O Blitz só resiste porque está no grupo da SIC… E a Antena 3, por exemplo, não tendo o lado de culto da Xfm, é tb uma rádio mt livre.-

Por mim falo: nunca senti a minha opinião condicionada. Nem nos tempos do Sete nem no DNA nem agora no “i”.



3) Sobre os teus gostos musicais:



Quais são os teus ídolos, Nacionais e Internacionais?


Não tenho ídolos. Tenho gostos. Sou um bocado conservador, por um lado, mas muito ecléctico por outro. Deixo dez nomes: David Sylvian, Seal, Sting, Elis Regina, Caetano Veloso, Rodrigo Leão, José Afonso, Sara Tavares, Beatles, Nouvelle Vague…

Como se vê, há de tudo como na farmácia.


Que ouves por estes dias?


Estou a ouvir o novo Nouvelle Vague, o disco do Pat Metheny com a cantora Anna Maria Jopek, e rendido ao novo do Rodrigo Leão.


Vais a festivais de Verão? Se sim, quais os grupos que queres ver este ano?


Não vou a festivais de Verão. Festivais, agora, só em minha casa ou na TV!!



4) Ligações pouco perigosas:


Para as seguintes personalidades/entidades/evento escolhe uma música com as quais as identifiques:


a) O ex-ministro Manuel Pinho qualquer pimbalhice tipo Quim Barreiros.


b) Barak Obama Uma balada do Seal.


c) TVI Um corridinho.


d) Crise do crédito hipotecário FMI, do José Mário Branco.


e) Vírus A (H1N1), vulgo gripe suína Toma Comprimido que isso Passa, Variações.


f) Música Nacional Um hino nacional.


g) Pedro Rolo Duarte O Amor, dos Heróis do Mar.



Alguns links sobre o Pedro :

http://pedroroloduarte.blogs.sapo.pt/


http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=3476&e_id=&c_id=1&dif=radio


http://video.google.com/videoplay?docid=7825031924651134746



FIM