Os Videos do King_leer, Outono 2016

sábado, 21 de novembro de 2009

Histórias sobre canções


Enquanto as entrevistas não chegam, vou recordando algumas histórias que algumas canções escondem......

OASIS - "Don't Look Back In Anger"

Do álbum (What’s the Story), Morning Glory?

Um dos principais temas onde é notória a aproximação dos manos Gallagher aos Beatles
nomeadamente a John Lennon), seja pelo início da melodia, a copiar os primeiros sons de Im...agine de John Lennon mas tocados ao piano num tempo mais rápido.
Este tema retrata a dificuldade em manter um certo tipo de relação enquanto em tourneé. Retrata igualmente alguns episódios da infância (como as fotos tiradas à lareira e a cara pouco fotogénica apresentada por Noel).

“Vou começar uma revolução a partira da minha cama” é aproveitado da frase de John Lennon nos seus tempos de protesto anti-Vietnam algures numa cama em Amsterdão
com Yoko Ono.
Neste vídeo participou o principal protagonista da série dos anos 60 “Os Vingadores”, uma das favoritas da banda.

Links para video dos Oasis e Imagine de John Lennon

http://www.youtube.com/watch?v=r8OipmKFDeM

http://www.youtube.com/watch?v=6GAHFrLAxzM


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

THERE IS A LIGHT THAT NEVER GOES OUT !




Caros,

A ausência foi relativamente longa e habitual após a época de festivais e férias de Verão. Brevemente estarão por aqui algumas reportagens/entrevistas do vosso interesse das quais destaco, um trabalho de fundo sobre o último álbum dos Kasabian e entrevistas com Esser, John (Gift), Craig Gannon (antigo guitarrista dos Smiths), Dan Sartain, Sandro G, entre outros.

Assim, até já.

KL

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

KEVIN CUMMINS - Deixem-me tirar-vos uma FOTO !


Não sei se existe um momento perfeito para capturar uma imagem mas, definitivamente, existe algo ao qual chamamos coincidência. Tinha esta entrevista com o Kevin para publicar à cerca de três ou quatro semanas e resolvi fazer o “post” este fim de semana. O mesmo fim de semana que assistiu ao fim dos Oasis.

Por isso, agora que o espírito de Manchester está bem vivo por aí, é meu prazer apresentar abaixo as palavras do Kevin Cummins o lendário fotógrago que capturou muitos dos melhores momentos da música pop contemporânea. Falamos sobre nomes, ícones, futebol, de Morrissey a Bowie, passando pela arte, pelas drogas e, acima de tudo sobre trabalho.

Espero que gostem. Não se esqueçam de passar uma vista de olhos no final desta entrevista nos links relevantes sobre o trabalho do Kevin

Beijos e abraços

KL

KING_LEER (KL):

Kevin,


Escolhi esta imagam (capa do 40º aniversário do NME) com o Morrissey visto ser ele uma das figuras mais ifluentes da música pop do nosso tempo – minha opinião. Se tivesses que escolher ou elaborar um top 5 das pessoas contemporâneas que consideras melhor se “encaixarem” na tua objectiva quem seriam eles?

KEVIN CUMMINS (KC):

Morrissey, Bowie, Courtney Love, Liam Gallagher, Ian Curtis.

KL:

Qual foi o artista que mais gostaste de fotografar e já agora o pior?

KC:

As melhores pessoas para fotografar são aquelas que conheçem bem a sua imagem e como ficam nas fotos. Dito isto, é um desafio tirar uma foto a quem é francamente tímido. As piores pessoas para fotografar são aquelas que já o foram centenas de vezes. Apenas te dão a sua “imagem fotográfica”. Não te deixam penetrar no seu Mundo.

KL:

Com este “post” pretendo igualmente que os leitores do blog compreendam exactamente o que é a função de chefe de fotografia numa publicação de renome Mundial como o New Musical Express na qual ocupaste esse posto. Como é o dia a dia nessas funções?

KC:

“Erva como pequeno almoço, Jack Daniels e coca para o lanche e cocaína ao jantar….!

KL:

Acredito que cada capa de um disco tem uma história. Podes escolher dois dos teus trabalhos favoritos e explicar-nos o que esteve na base de cada um desses momentos particulares no tempo?

KC:


Esta fotografia é de uma paisagem urbana. A banda é acidental – apesar de crucial – para a composição final. Estou interessado na forma como a fotografia te pode contar uma história. Esta frieza, um tanto ou quanto depressiva, melancólica, explica a essência da música dos Joy Division muito melhor do que 1000 palavras.


MORRISSEY: Outra paisagem urbana mas com um objectivo mais preciso. Reflete a qualidade que na altura eu sentia que as letras de Morrissey tinham.

KL:

Peço-te para partilhares connosco o que o “homem por detrás do espelho invisível” para tantos artistas e personaliades faz hoje em dia, além da fotografia.

KC:

Continuo a tirar fotos. Tenho um livro que será publicado a 3 de Setembro (vejam o site da Faber & Faber para mais detalhes) e vou igualmente inaugurar a 3 de Setembro uma exposição em Manchester durante um mês (vejam o site da Galeria Richard Goodall Gallery). Em Novembro vou estar presente no festival “Crossing Border” em Den Hague e Antuérpia.

KL:

Será este nosso Mundo actual digno de se lhe tirar uma foto? Esta claro, é uma pergunta social. Está por favor à vontade no sentido de responderes da forma que queiras. Problemas sociais, crise global, política, etc ( e tanto aí no Reino Unido como aqui em Portugal actualmente temos tantos casos políticos para discutir…).

KC:

É cada vez mais difícil tirar fotos no Reino Unido. Temos câmaras de vigilância por todo o lado. Temos uma força policial demasiado agressiva. Por outro lado, a população Mundial pensa estar tão ciente do fenómeno media que assume por exemplo que um fotógrafo ganha milhões de euros pelos seus trabalhos – Assim sendo, raramente nos deixam tirar-lhes uma foto – pedindo-nos compensação financeira para tal. Frequentemente nas minhas deslocações tiro fotos para capturar momentos com pessoas desconhecidas e é cada vez mais difícil tirar-lhes fotografias naturais.

Que se passa convosco ? J Deixem-me tirara-vos uma FOTO!! J

KL:

Manchester City - És um grande adepto deste clube, certo? És Anti Manchester United? Que pensas sobre os 94M€ pagos pelo Cristiano Ronaldo? Boa ou má foto?

KC:

Não tenho qualquer interesse no Ronaldo. Não tem qualquer personalidade na sua cara.

Não gosto do Manchester United. Sempre apoiei o Manchester City – o verdadeiro clube da cidade de Manchester.

KL:

Diego Maradona e Juliette Lewis – um casamento feito no inferno. Podes explicar-nos o sentido desta frase?

KC:

Questionaram-me um dia quem gostaria eu de conhecer. Eram duas pessoas que gostaria realmente de conhecer. De seguida, imaginei-os como um casal….Conheci recentemente a Juliette e ela é muito simpática.

KL:

Manchester é provavelmente uma das cidades no mundo onde existem mais bandas de qualidade por metro quadrado.

Quais são as maiores diferenças entre as bandas dos anos 80 e as actuais?

KC:

A Manchester dos anos 80 tinha muitos bairros da Câmara e tinha igualmente dormitórios destinadas a estudantes. As rendas baixas e as rendas subsidiadas permitiam à malta nova passar o seu tempo livre a fumar “erva” e a tocar música. Alguns derivaram para outras formas de expressão artística onde não era necessário ganhar muito dinheiro para sobreviver. Hoje em dia, tudo isso desapareceu. Se és jovem e queres ser músico, precisas do teu dinheiro no início. O som da classe operária no Reino Unido é hoje muito pouco audível.

KL/KC:

Dou-te um nome oriundo de Manchester e tu fazes o teu comentário:

a) Ian Brown: One Love

b) Morrissey: I Wanna be Adored

c) Oasis: Good Times

d) Ian Curtis: Where Angels Play

e) Kevin Cummins: Don’t Stop

f) Vini Reilly: Your Star Will Shine

FIM

Links:

Informação pessoal:

http://www.kevincummins.co.uk/

http://www.myspace.com/kevin_cummins

http://en.wikipedia.org/wiki/Kevin_Cummins_%28photographer%29

http://www.facebook.com/pages/Kevin-Cummins/39124219564?v=info

Publicações e eventos:

http://www.richardgoodallgallery.com/

http://www.faber.co.uk/work/manchester-looking-for-light-through-pouring-rain/9780571233755/